Esta modalidade de tratamento minimamente invasiva é excepcional para os pacientes que sofrem de lombalgia crônica, sem alterações, tais como artrose, desidratação ou hérnia discal. Pode ainda ser utilizada em pacientes que tenham alterações, mas não tenham condições clínicas de ser submetidos a cirurgias definitivas, que resolvam realmente o problema, funcionando apenas como um alívio temporário da dor.
Se a dor for refratária ao tratamento conservador (fisioterapia, RPG, anti-inflamatórios convencionais, analgésicos ou opioides, acupuntura etc.), há indicação do tratamento.
Infelizmente, tais pacientes muitas vezes são encarados socialmente como simuladores, como preguiçosos, pois queixam-se de dor com exames normais.
Na realidade, apesar dos exames normais, a dor existe, incomoda, incapacita às vezes, causando baixa produtividade no trabalho e alterações significativas da qualidade de vida, ocasionando profundas repercussões pessoais e profissionais.
A rizotomia por radiofrequência consiste em utilizar-se de ondas de alta frequência transmitidas através de uma diminuta agulha.
A agulha (mais ou menos da grossura de um grafite de lapiseira 0,5mm) é introduzida através da pele, após anestesia local, e levada até um ponto específico na coluna do paciente. Os parâmetros são definidos pelo neurocirurgião no gerador, e a frequência é transmitida através da agulha.
Ao chegar na ponta da agulha, que está em contato com o osso, a (radio)frequência se converte em energia térmica (calor) e “desliga” o nervo que promove a sensibilidade dolorosa daquela região.
Se ajustados corretamente, os parâmetros provocam a inativação apenas deste nervo, não havendo qualquer prejuízo nos movimentos ou na sensibilidade.
O tratamento é feito sob regime de hospital/dia, sendo o paciente dispensado para casa no mesmo dia da internação. A melhora, usualmente, é imediata, sendo mais nitidamente sentida após cerca de uma semana.
Existem pacientes que ficam assintomáticos por longo tempo, outros por tempo menor, mas comumente a sintomatologia desaparece por cerca de 3-6 meses.