PLEXO BRAQUIAL

Plexo braquial é um conjunto de estruturas vasculonervosas a partir das quais se originam todos os nervos e vasos dos membros superiores.

O plexo braquial é formado pelas raízes C5, C6, C7, C8 e T1, e em alguns casos pode haver contribuição de C4(nos pré-fixados) e T2(nos pós-fixados). Os ramos de C5 e C6 unem-se para formar o tronco superior; o C7 dá origem ao tronco médio; e C8 e T1 unem-se para formar o tronco inferior. Do tronco superior sai sobre os escalenos o nervo frênico. Do tronco superior também sai o nervo supraescapular. Os troncos originam os cordões lateral, medial e posterior, e desses cordões originam-se basicamente todos os nervos periféricos dos membros superiores.

A lesão do plexo braquial é comum em adultos, principalmente por acidentes de moto, em que ocorre distensão e, muitas vezes, lesão dos nervos. Se não há retorno das funções por até 6 meses após a lesão, o restabelecimento é complicado, e ganhos de movimento podem ser obtidos muitas vezes com transferências musculares. Se diagnosticado precocemente e se for de indicação cirúrgica, a reconstrução da anatomia dos nervos pode trazer o retorno das funções.

A exploração cirúrgica do plexo pode ser realizada precocemente, desde que haja fortes indícios de sua lesão, ou em casos em que será abordada a região por outras causas, como em fraturas da clavícula.

A paralisia de Erb é a forma mais comum de lesão. Caracteriza-se por danos às raízes nervosas superiores (C5 e C6) do plexo braquial, onde ocorrerá paralisia de todos os músculos inervados por essas raizes, como: deltoide,supinador do antebraço, braquial, braquiorradial, supraespinhoso, infraespinhoso e bíceps. Se os músculos romboide, elevador da escápula e serrátil anterior estiverem envolvidos é mal sinal de prognóstico, visto que esses músculos são inervados por nervos que saem diretamente das raízes nervosas(escapular dorsal e torácico longo), e a sutura nervosa nessa região é complexa e de maus resultados.

Na paralisia de Erb, o membro superior encontra-se hipotônico, pendente ao lado do corpo em adução, rodado medialmente, com o antebraço pronado e estendido. A função da mão encontra-se preservada.

A paralisia de Klumpke ocorre com menor frequência. Trata-se de danos às raízes nervosas inferiores (C7, C8, T1) do plexo braquial.

Nesse caso, os músculos afetados são os flexores do pulso e dedos e os músculos intrínsecos da mão.

Logo, a motricidade do braço e antebraço é mantida, enquanto a mão apresenta fraqueza muscular e déficit sensitivo nas porções média e medial do antebraço e da mão.

A paralisia de Erb-Klumpke é a lesão total do plexo braquial. É rara e com difícil determinação da localização exata da lesão anatômica. A lesão afetará todo o braço, que se encontra completamente flácido.

As manifestações clínicas, como atrofia, hipomobilidade, edema, hematomas, são indicativas. A eletroneuromiografia e ressonância magnética podem ser utilizadas principalmente nos três primeiros meses, objetivando localizar a lesão e definir o grau de envolvimento dos nervos. O tratamento deve seguir orientação médica, e a reconstrução cirúrgica do plexo e as transferências musculares podem auxiliar a recuperação. A fisioterapia é de extrema importância para manter o arco de movimento, a viabilidade muscular e a reeducação e o treino muscular após o ato cirúrgico, se este for necessário.

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