As hérnias discais lombares são muito frequentes em nossa população e, ao contrário do que todos pensam, não atingem somente trabalhadores braçais. Elas podem acometer pessoas submetidas a trabalhos sem grandes esforços físicos, devido à postura inadequada, predisposição genética etc.
No corpo humano, entre cada duas vértebras contamos com a presença do disco intervertebral, que é composto de duas partes: o ânulo fibroso (espécie de cinturão que percorre toda a circunferência do disco) e o núcleo pulposo (mais gelatinoso).
A diferença na consistência destas duas partes existe pela composição bioquímica diferente.
Uma forma interessante de pensar no disco intervertebral é compará-lo a esses chicletes que possuem recheio líquido. O recheio seria o núcleo pulposo e a parte mais externa e dura seria o ânulo fibroso.
Imaginemos agora que seja provocada uma falha, um furo ou uma fenda na parte mais externa do chiclete. Claro que se aplicarmos pressão, o seu conteúdo irá extravasar. É a mesma coisa com o disco intervertebral. Uma ruptura do ânulo fibroso leva ao extravasamento do núcleo pulposo, que ocorre em direção à raiz nervosa, provocando dor de forte intensidade, alterações da sensibilidade e, em alguns casos, déficits motores.
Na imensa maioria das vezes, o próprio organismo se encarrega de absorver este extravasamento, e apenas o tratamento conservador, com analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia, resolve a questão. No entanto, uma vez vitimado por uma crise, o paciente pode voltar a ter outras, já que este disco não está mais normal. O conteúdo que foi parcialmente extravasado e reabsorvido acaba sofrendo redução em sua altura e, consequentemente, em sua capacidade mecânica de exercer suas funções de amortecimento e restrição a movimentos nocivos.
Para lidar com esta nova dinâmica da coluna vertebral, procure apoio médico. Somente após a avaliação adequada e individualizada de seu caso é que poderá ser traçado um planejamento terapêutico, visando sua plena recuperação, com reintegração às atividades pré-crise.
Atualmente, existem várias opções de tratamento para hérnias discais. Desde alternativas conservadoras, fisioterapia, acupuntura, medicação, até tratamentos mais invasivos.
Quando falamos de tratamentos mais invasivos, há uma ampla gama disponível. Desde procedimentos percutâneos, isto é, em que não há necessidade de fazer um corte na pele para resolver a situação e o paciente tem alta no mesmo dia da internação, até procedimentos maiores.
Os procedimentos maiores, atualmente, estão se tornando cada vez menos invasivos. Através da cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral é possível resolvermos situações extremamente complexas da coluna (hérnias, fraturas, deslocamentos, estreitamentos etc.). Fazemos isso por meio de pequenos portais, reduzindo o trauma cirúrgico, a permanência intra-hospitalar, a dor pós-operatória e o período até a plena reintegração às atividades pré-operatórias.
Procure apoio médico, atualmente o tratamento de doenças da coluna vertebral modernizou-se, oferecendo sobretudo qualidade de vida ao paciente, com riscos mínimos.