As vantagens da cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral propagam-se em várias direções.
A cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral já é responsável pela maior parte dos tratamentos cirúrgicos realizados para coluna nos Estados Unidos e Europa.
Nos maiores centros, somente casos não passíveis de tratamento por via minimamente invasiva são tratados pela forma convencional, aberta.
No Brasil, esta técnica ainda está sendo introduzida, havendo poucos neurocirurgiões habilitados para tal prática.
Para o paciente, que é o mais importante, traz vantagens como menor tempo de internação (usualmente 36-48 horas), menor trauma cirúrgico, menor duração do procedimento em si, menor dor no pós-operatório, menor necessidade de transfusão sanguínea, menor risco de realizar pós-operatório em UTI, retorno mais precoce às atividades cotidianas e trabalhistas.
Para o convênio, todas estas vantagens acima se traduzem em economia de custos, importantíssimo nos dias atuais.
Para o cirurgião, o menor tempo cirúrgico e a evolução mais rápida e favorável do paciente são vantagens enormes.
Através das técnicas minimamente invasivas podemos tratar hérnias de disco lombares, torácicas, fraturas vertebrais e até casos de instabilidade da coluna.
A técnica baseia-se em pequenas incisões, usualmente paralelas à coluna, onde são introduzidos tubos (portais) e afastadores. Através destes tubos e afastadores podemos retirar hérnias discais, por exemplo.
Fios guia (um pouco mais grossos que um grafite 0,5mm) introduzidos através da pele (percutâneos) permitem a passagem dos parafusos e o tratamento de casos de instabilidade da coluna e de algumas deformidades (espondilolisteses).
Com a colaboração do paciente nos cuidados apropriados durante o processo de cicatrização, as incisões cirúrgicas tornam-se praticamente imperceptíveis.
Após ampla análise da literatura médica, de estágios observacionais no exterior e da constatação de não se tratar de uma tendência, de um modismo, e sim de um novo padrão na cirurgia de coluna, resolvi fazer minha formação, sendo atualmente um dos neurocirurgiões brasileiros com habilitação para o emprego destas técnicas.