TUMORES CEREBRAIS

Tumores cerebrais são frequentes na população e somente superados, em frequência, pelos acidentes vasculares (AVCs), doença de Alzheimer e esclerose múltipla.

O tema é extremamente amplo, já que existem diversos tumores que podem acometer o Sistema Nervoso Central (SNC).

Em primeiro lugar, gostaria de desmistificar e esclarecer ao leitor que o diagnóstico de um tumor cerebral não é uma condenação, é uma constatação. Em medicina, o termo “tumor” pode determinar quase qualquer coisa. Se formos analisar com rigor, até uma espinha é um tumor. Porquê? Porque apresenta um aumento de volume (tumoração) em uma área que não deveria haver. Sendo assim, fica claro que TUMOR NÃO É NECESSARIAMENTE CÂNCER.

O câncer é um tumor com comportamento maligno. Seja pela sua alta taxa de multiplicação, pela invasão de estruturas próximas etc.

Tumores do Sistema Nervoso Central usualmente não dão metástases. Seu comportamento não pode ser classificado somente conforme sua atividade celular, pois às vezes um tumor (do ponto de vista celular) benigno pode estar localizado em uma área de difícil acesso, rodeado de estruturas nobres, fazendo com que qualquer crescimento nesta área tenha um caráter maligno.

A localização, pois, assume importância fundamental para tumores cerebrais. A idade do paciente, também.

Tumores cerebrais podem ainda ter origem do próprio tecido cerebral, das meninges, de restos embrionários. Podem ter origem do tecido glandular da hipófise, ou do tecido de revestimento dos nervos cranianos.

Podem precisar ser ressecados ou apenas acompanhados, podem beneficiar-se de quimio ou radioterapia ou ser totalmente curados com a remoção cirúrgica.

Gradativamente, irei colocar tópicos específicos para cada “linhagem” de tumores intracranianos, mas essa ideia geral deve prevalecer, para que o leitor possa se tranquilizar ou tranquilizar algum paciente próximo.

A melhor solução é procurar um neurocirurgião de sua confiança, ou referenciado por alguém que lhe inspire confiança, para que uma avaliação criteriosa seja feita, e a história natural da lesão e as opções de tratamento sejam claramente discutidas.

COMPARTILHE: