P – Existem fatores de risco para o desenvolvimento de aneurismas cerebrais?

R – Sim. Os que mais se destacam são o tabagismo e a hipertensão arterial descontrolada.

P – Minha avó faleceu de aneurisma cerebral. Eu ou meus pais podemos ter também?

R – A chance de alguém que tenha antecedentes familiares possuir um aneurisma cerebral é a mesma que tem a população normal.

O risco só é maior se você tiver dois ou mais parentes diretos que foram diagnosticados com aneurismas. Neste caso, recomenda-se a realização de exames de triagem não invasivos (angiotomografia ou angioressonância) em toda a família.

P – Já tratei de todas as formas, mas minha dor nas costas não passa. Quais opções de tratamento cirúrgico tenho?

R – Depende muito do que causa a sua dor.

Pacientes com hérnias discais simples, situadas na linha média, jovens, podem ser tratados através de procedimentos percutâneos para extração da hérnia (hidrojet ou IDET), no qual uma agulha penetra no disco e, por meio de jatos de soro sob alta pressão ou alterações na temperatura do disco, conseguimos retirar os fragmentos que estão pressionando a raiz nervosa.
Pacientes com alterações mais extensas, no entanto, podem até requerer procedimentos de realinhamento da coluna, com descompressão de vários nervos ao mesmo tempo (laminectomia e foraminectomiadescompressivas) e reconstrução com parafusos.
O tratamento deve ser individualizado à condição do paciente e aos achados de exame. Somente após avaliação com um especialista pode-se discutir quais opções existem para seu caso.

P – Tenho dor nas costas. Será bico de papagaio?

R – Com o processo de envelhecimento natural, é muito provável que você tenha bicos de papagaio (ou osteófitos, na linguagem médica).
A dor nas costas, no entanto, pode ter diversas origens: muscular, ligamentar, alguma alteração no disco intervertebral ou, eventualmente, atéum tumor próprio do nervo.
O correto é procurar um especialista que possa, por meio de uma história clínica minuciosa e de exame físico direcionado, fazer o diagnóstico.

P – Tenho hérnia de disco. Preciso operar?

R – Na maioria das vezes, não.

As hérnias lombares são tratadas de forma conservadora em até 90% dos pacientes. As cervicais, em até 95%.

Procure um especialista que irá analisar seus exames, sua história (quantidade e gravidade de crises, tratamentos já realizados etc.) e seu exame neurológico (presença ou ausência de déficits neurológicos, alterações no controle urinário etc.) e propor o adequado tratamento.

P – Fui diagnosticada com um tumor na cabeça, e o médico diz que é benigno. É câncer? Preciso operar?

R – Tumores localizados na cavidade intracraniana podem ser benignos ou malignos.

Se seu médico diz que ele é benigno, alegre-se: não é câncer. Cabe aqui ressaltar que o diagnóstico de benigno ou maligno somente pode ser dado com segurança após a análise de um fragmento do tumor ser enviado para análise anatomopatológica. As características presentes no exame de imagem permitem supor, com grau razoável de confiança, se é uma lesão benigna ou maligna.

Tumor, no linguajar médico, é qualquer crescimento maior do que o normal de células, formando uma “massa”. Isso não necessariamente quer dizer que são malignos.

Infelizmente, tumores localizados no interior da caixa craniana usualmente requerem tratamento cirúrgico, mesmo que benignos. A razão disto é que, ao crescerem, acabam pressionando o cérebro, podendo levar a déficits neurológicos, epilepsia ou, em casos extremos, ao coma e óbito.

Procure um especialista que possa discutir com você as peculiaridades do seu caso e as opções disponíveis.

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